
Desde sua primeira aparição nos Jogos Olímpicos modernos, o tiro esportivo ocupa um lugar de destaque como uma das modalidades mais técnicas e exigentes.
Com provas que testam equilíbrio emocional, coordenação fina e domínio absoluto dos equipamentos, o esporte consagra atletas capazes de manter a precisão sob pressão máxima.
Cada recorde registrado nas Olimpíadas é mais do que um número: é o reflexo de uma performance extraordinária em condições extremas. As marcas foram sendo superadas ao longo das décadas, acompanhando mudanças nas regras e avanços tecnológicos.
Reformulações nos formatos de prova e novos sistemas de pontuação — especialmente após as edições de 2012, 2016, 2020 e 2024 — alteraram significativamente o cenário competitivo.
Carabina: domínio da técnica e da constância
A carabina exige não só mira apurada, mas regularidade em uma sequência longa de disparos. Em Paris 2024, Sheng Lihao (China) estabeleceu o novo recorde olímpico da final da carabina de ar 10 metros com 252,2 pontos, superando o campeão anterior, William Shaner (EUA).
No feminino, Ban Hyojin, da Coreia do Sul, brilhou na qualificatória com 634,5 pontos, estabelecendo um novo patamar na modalidade.
Na carabina 50m três posições, a suíça Chiara Leone quebrou o recorde da final feminina com 464,4 pontos. O chinês Zhang Changhong segue como recordista no masculino, com 466,0 pontos, conquistados com técnica impecável.
Pistola: precisão sob máxima pressão
As provas de pistola são marcadas por tensão constante e exigem foco absoluto do atirador. O russo Mikhail Nestruev detém, desde 2004, o recorde de qualificação na pistola de ar 10m, com 591 pontos — uma marca que resiste ao tempo. Já o iraniano Javad Foroughi alcançou 244,8 na final em Tóquio 2020, um feito memorável.
Entre as mulheres, Ranxin Jiang registrou 587 pontos na qualificação em Tóquio, e Oh Ye Jin, da Coreia do Sul, marcou 243,2 pontos na final de Paris 2024, um desempenho de altíssimo nível. Na pistola 25m, Vitalina Batsarashkina e Kim Minjung dividem o recorde da final com 38 pontos.
Espingarda: agilidade e reflexo em alta performance
No trap e no skeet, tudo acontece em frações de segundo. A habilidade de reagir com precisão aos pratos lançados é essencial. Nathan Hales (Reino Unido) quebrou o recorde olímpico do trap masculino em Paris 2024, com 48 acertos, enquanto Adriana Olivia (Guatemala) alcançou 45 acertos no feminino.
No skeet, Vincent Hancock (EUA) atingiu 59 acertos em Tóquio 2020, conquistando seu terceiro ouro olímpico. Amber English, também dos EUA, brilhou no feminino com 56 acertos. Já a equipe italiana composta por Diana Bacosi e Gabriele Rossetti estabeleceu o recorde de qualificação por equipes mistas com 149 pontos em Paris.
Lendas que inspiram gerações
Além dos números, o tiro esportivo olímpico é marcado por histórias memoráveis. Oscar Swahn, da Suécia, conquistou prata em 1920 aos 72 anos, tornando-se o medalhista mais velho da história.
Entre as mulheres, Kim Rhode (EUA) escreveu seu nome na história ao conquistar medalhas em seis Olimpíadas consecutivas, de 1996 a 2016.
O espírito da precisão
A loja Parceria Armas, de Alegrete (RS), destaca que os recordes do tiro olímpico não apenas medem desempenho: expressam a superação de limites físicos e mentais, em busca da perfeição.
O esporte segue evoluindo, adaptando-se às novas gerações e tecnologias, mas mantém viva a essência da concentração e da excelência.
Para saber mais sobre recordes olímpicos do tiro esportivo, acesse:
https://www.olympics.com/en/news/olympic-records-shooting-pistol-rifle-shotgun
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